Por Lauro Damasceno e Paula Regina Dal’Evedove

 

Combater fake news no contexto da Saúde é um ato em prol da vida, já que a prática de produção e/ou compartilhamento de conteúdos falsos assume dimensões ainda mais graves no cenário da pandemia da COVID-19, causando danos irreparáveis à sociedade brasileira.

Fake news é uma expressão advinda do inglês, comumente traduzida no Brasil como “notícias falsas” – tradução que aparece no espaço midiático juntamente com a correspondente na língua inglesa. A maior parte dos usos no país, inclusive, é a da palavra em inglês, segundo dados disponíveis no Google Trends[1]. A pronúncia desses vocábulos “fake” e “news” é influenciada pelas variedades da língua brasileira, sendo mais comum a seguinte forma: /feiki/ /nius/.

Formada por palavras de conceitos contraditórios, esse termo pode ser considerado um oxímoro, ou seja, uma unidade linguística paradoxal, uma vez que “notícia”[2] é definida, segundo o Dicionário Caldas Aulete, como “3. Informação nova; NOVIDADE. 4. Conhecimento, informação”, enquanto “falso”[3] significa “1. Que não é autêntico (dinheiro falso, falsa autoria). 2. Que não corresponde à verdade ou à realidade”. Percebem-se, então, na expressão do conceito, os embates sócio-políticos possíveis de uma contradição em termos, na qual “notícia” se relaciona a uma postura científica, a um conhecimento de cunho verídico, e “falsa”, a uma manipulação dos fatos na chamada era da pós-verdade[4], resultante do crescimento da desinformação e suas diversas formas de manifestação no ambiente digital.

No plano discursivo, a expressão fake news é também palco de contradições, uma vez que é feita a distinção entre, por um lado, informações inverídicas não arquitetadas com o objetivo de manipular os saberes de outros e, por outro lado, informações intencionalmente projetadas com fins caluniosos – para essa segunda acepção, tem-se optado pela designação “desinformação”, definida pela Organização Pan-Americana da Saúde[5] (OPAS) como “uma informação falsa ou imprecisa cuja intenção deliberada é enganar”, diferentemente das “informações incorretas”, que não passariam de informações inverídicas repassadas sem motivações afrontosas. Neste último caso, podem dar sinais distorcidos e desconectados da verdade que não só dificultam a visão sobre o verdadeiro mundo, como também favorecem a sua propagação, afinal, informações falsas e sensacionalistas são espalhadas por 59% dos usuários das redes sociais que compartilham links sem ler seus conteúdos.[6]

Essas definições da OPAS baseiam-se no manual para educação e treinamento em jornalismo proposto pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), intitulado Jornalismo, Fake News & Desinformação (2018), que propõe novos termos substitutos para a expressão fake news: “desinformação”, “informação errada” e “má-informação”. Este último termo, se vincula à violação da privacidade do outro, com o objetivo de alterar o entendimento de quem escuta ou lê sobre aquilo do que se fala ou escreve. A partir desses conceitos, são explicitadas outras sete possibilidades de “desordem da informação”, também conhecida como “ecossistema da desinformação”. Algumas repostagens de informações incorretas, por exemplo, são, em sua base, desinformações e, por isso, sua difusão não intencional contribui com os efeitos do que se vem chamando de “infodemia”[7].

A pertinência desses diferentes nomes se justifica também pelas várias falas de governantes afirmando que “x é fake news”, em que “x” é uma afirmação de seus oponentes ou da mídia sobre sua (má) gestão[8], banalizando, assim, o grande esquema de propagação de desinformações ao equalizar o termo a situações mais corriqueiras de comunicação falha, como boatos e “mentirinhas”. Em diferentes países, como Brasil, Estados Unidos e Turquia, esse tem sido um fenômeno comumente utilizado pelos governos, visando a desvalorização e a deslegitimação da mídia – seja a tradicional, seja a alternativa – e, como consequência, tem motivado apoiadores desses governos a destilarem ódio a jornalistas e demais profissionais da comunicação dentro e fora da web[9]. Esse movimento tem como base de suas práticas a cultura do cancelamento e o assassinato de reputação, hoje muito comuns.

A web, enquanto ambiente dinâmico e em constante mudança, possibilita a difusão em massa de discursos muito diversos, colocando no mesmo nível tudo o que dizem as pessoas comuns e os meios de produção e divulgação de conhecimento, como as instituições científicas e a mídia tradicional. Nesse embate de funções, em que o cidadão dito comum se coloca no papel de cientista, de jornalista etc., alguns requisitos básicos são deixados de lado, como o compromisso com a verdade. O cidadão, então, sente-se com o direito – e, às vezes, até o dever – de compartilhar o que “a Globo não mostra”[10] e assume a posição de comunicador social. Neste contexto, todos passam a ser igualmente portadores de informação e comunicação, o que deslegitima os noticiários tradicionais e suas fontes como recursos para a busca e a disseminação de fatos e da verdade.

Os usos da expressão fake news aumentaram em 365%[11] em 2017, quando essa expressão, inclusive, foi eleita a palavra do ano pelo dicionário britânico Collins. Essa repercussão está diretamente relacionada à eleição presidencial estadunidense de 2016, cujos reflexos foram sentidos também nas eleições brasileiras  de 2018, que ficaram conhecidas como “as eleições do WhatsApp”[12], devido aos inúmeros disparos em massa ilegais de mensagens na plataforma[13].

No atual governo federal brasileiro, as fake news também funcionam como manobra política e cumprem o papel de “articular o debate público”[14] sobre determinados temas que estão de acordo com suas estratégias. Com ofensas incansáveis à imprensa brasileira e internacional[15], o atual Presidente da República insiste em utilizar meios não oficiais para estabelecer contato com seus eleitores e simpatizantes valendo-se de tweets e lives no Facebook – ou “horário eleitoral gratuito”, como as denomina – para propagar seus “fatos alternativos”[16] pois, segundo sua opinião, a comunicação não seja “distorcida por filtros ideológicos”.

Com o distanciamento e o isolamento sociais, as interações online aumentaram em larga escala, dando lugar a inúmeras lives todos os dias, em que praticamente todos os segmentos da sociedade têm aparecido “ao vivo” na web. O problema, no entanto, reside na confusão que o atual Presidente da República faz entre os recursos midiáticos oficiais e os interesses públicos e privados. Também por isso, o Ministério Público Federal investiga[17], em nove estados brasileiros, seu possível abuso no uso dos meios de comunicação social.

Uma informação factualmente incorreta dificulta a comunicação nos mais diversos setores da sociedade. A deformação da realidade favorece e impulsiona a vinculação das fake news no contexto da Saúde, como é o caso, por exemplo, das campanhas anti-vacina que contribuíram para o decréscimo dos indicadores de vacinação no Brasil[18]. As informações incorretas e a desinformação em Saúde aumentaram com a COVID-19, doença que criou desafios para a gestão e a difusão de informações precisas que favoreçam a erradicação do vírus.

Conforme estudo realizado pelo Massachusetts Institute of Technology,[19] as ditas fake news têm probabilidade 70% maior de serem replicadas no Twitter do que as notícias ou informações verdadeiras. Estas últimas, inclusive, levam seis vezes mais tempo que as falsas para chegar ao número-padrão de 1500 pessoas atingidas. Outra pesquisa[20] revela ainda que fornecer as correções feitas por verificadores de fatos a quem teve contato com informações incorretas ou desinformações pode diminuir a crença na informação verídica com uma média de 40%, podendo chegar a 50%. Os dados comprovam que os efeitos danosos desse movimento desinformativo podem ser, então, irreversíveis.

Uma importante estratégia de combate ao ciclo de compartilhamento de boatos e notícias falsas sobre Saúde foi implementada pelo Ministério da Saúde em agosto de 2018, com maior repercussão durante o combate[21] à pandemia da COVID-19. “Saúde sem fake news” é um canal no WhatsApp destinado ao envio de informações sobre o vírus pela população, averiguadas e respondidas pelas áreas técnicas após a checagem dos fatos. Manifestações do tipo “Alimentos alcalinos evitam coronavírus”, “Café previne o coronavírus”, “Chá de limão com bicabornato quente cura coronavírus”, “Coronavírus fica vivo por 9 dias”, “Vacina da gripe aumenta risco de adoecer por coronavírus”, “Medicamentos eficazes contra o novo coronavírus”, são parte do extenso e danoso material produzido e compartilhado durante a pandemia da COVID-19 e avaliado[22] pelo Ministério da Saúde.

As mortes por COVID-19 também serviram de base para que inúmeras fake news circulassem nas redes sociais dos brasileiros. A farsa[23] de que caixões estariam sendo enterrados vazios ou com pedras, travesseiros etc. foi um dos mecanismos utilizados por negacionistas com o objetivo de banalizar o número de mortes causadas pelo vírus. Ainda sobre os discursos relacionados à pandemia da COVID-19, as notícias falsas sobre os usos da cloroquina e da ivermectina serviram como mecanismos aliados ao discurso de que “#oBrasilNãoPodeParar”.

Os impactos negativos da propagação de desinformações não pararam por aí. No relatório técnico do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (CEPDES) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi constatado que as fake news contribuíram para que a adesão às medidas de distanciamento e isolamento sociais fosse prejudicada, além de ter elevado a sobrecarga do Sistema de Saúde e contribuído para o uso indevido de medicamentos cientificamente não comprovados como eficazes[24].

De acordo com uma pesquisa IBOPE[25], cerca de 14 milhões de brasileiros “não vão se vacinar de jeito nenhum” e, dentre os motivos listados, há pelo menos um de cada informante sendo vítima dessa rede de desinformações em curso. Os dados ainda indicam que 25% dos que talvez não se vacinem ou que com certeza não se vacinarão representam 41.381.242 brasileiros com 16 anos ou mais. Desse total, 7,8 milhões podem não se vacinar por acreditarem que a vacina da COVID-19 contém chips implantados para o controle populacional; 8,2 milhões podem não se vacinar por acreditarem que Bill Gates teria dito que a vacina pode matar cerca de 700 mil pessoas; 5,7 milhões de pessoas podem não se vacinar por acreditarem que a vacina poderia alterar o DNA; e 4,9 milhões podem não se vacinar por acreditarem que as vacinas são produzidas a partir de células de fetos abortados. Todas essas justificativas já foram verificadas e nenhuma delas é informação verdadeira.

Quando vidas são colocadas em risco pelo compartilhamento de métodos caseiros para prevenção ou cura da COVID-19, quando a população não acredita nas pesquisas científicas e nas instituições globais de Saúde, quando os números refletem a pouca adesão da população aos cuidados cientificamente comprovados para conter a COVID-19, percebemos o impacto e a gravidade da circulação das fake news na sociedade.

Nestes tempos, a liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento que refletem um comportamento não autêntico deve ser cerceada. O combate ao mal do século 21[26] exige vigilância e ações concretas, a exemplo do Projeto de Lei 2630/2020[27], conhecido como “PL das fake news”, que institui a “Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet”.

Iniciativas internacionais têm se demonstrado mais assíduas no combate à desinformação. Pelo menos 16 países criaram legislação que coibe a propagação de fake news, entre eles, a Bolívia – onde quem publicar informações falsas ou errôneas contra as regras de isolamento e distanciamento sociais pode ser processado e condenado a até dez anos de prisão – e a Hungria ou o Zimbábue – onde o tempo de prisão para quem divulgar informações falsas sobre a pandemia é de cinco anos no primeiro e até vinte anos no segundo[28].

Neste cenário de informações alarmantes e preocupantes, movimentos sociais organizados de combate às fake news são necessários e vêm crescendo. O Manifesto em Defesa da Verdade, contra Desinformação e pela Democracia[29] é um dos muitos exemplos das ações de entidades, mídia independente e cidadãos empenhados no enfrentamento à desinformação. Também plataformas e sites que têm o compromisso social de repassar notícias de qualidade, que oferecem à população mecanismos de checagem[30] dos conteúdos propagados e contribuem com o movimento de educação midiática tornam-se importantes mecanismos de orientação e esclarecimento da população. A plataforma do InformaSUS-UFSCar, bem como sites oficiais do governo federal, como a página do Ministério da Saúde, ou de instituições de pesquisa, como o portal da Fundação Oswaldo Cruz, servem como canais de comunicação confiáveis para o combate às fake news.

 

Notas

[1] GOOGLE TRENDS. Disponível em: https://trends.google.com/trends/explore?date=today%205-y&geo=BR&q=fake%20news,not%C3%ADcias%20falsas. Acesso em: 02 dez. 2020.

[2] DICIONÁRIO AULETE. Disponível em: http://www.aulete.com.br/notícia. Acesso em: 02 dez. 2020

[3] DICIONÁRIO AULETE. Disponível em: http://www.aulete.com.br/falso. Acesso em: 02 dez. 2020

[4] Segundo o Dicionário Oxford, “pós-verdade” foi a palavra do ano de 2016. G1. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/pos-verdade-e-eleita-a-palavra-do-ano-pelo-dicionario-oxford.ghtml. Acesso em: 06 dez. 2020.

[5] PAHO. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52054/Factsheet-Infodemic_por.pdf?sequence=14. Acesso em: 02 dez. 2020

[6] DIÁRIO PERNAMBUCO. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/tecnologia/2016/06/59-das-pessoas-compartilham-links-sem-ler-o-conteudo-antes.html. Acesso em: 02 dez. 2020

[7] O termo, que foi empregado até mesmo pelo diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, é definido pela OPAS como “um excesso de informações, algumas precisas e outras não, que tornam difícil encontrar fontes idôneas e orientações confiáveis quando se precisa”.

[8] REVISTA PIAUI. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/12/23/bolsonaro-fake-news-imprensa/. Acesso em: 26 nov. 2020

[9] Um dos casos de linchamento virtual de maior repercussão, e até mesmo de perseguição, é o da jornalista Patrícia Campos Mello que, após publicação de matéria, em 2018, sobre o disparo ilegal em massa de mensagens via WhatsApp contra o então candidato à presidência Fernando Haddad, foi alvo de ameaças digitais e presenciais.

[10] “Isso a Globo Não Mostra” é nome de um quadro humorístico do programa “Fantástico”, apresentado aos domingos pela Rede Globo, que surge a partir da ressignificação da hashtag #IssoAGloboNãoMostra, utilizada para propagar informações que a mídia tradicional supostamente não publicaria devido a seus interesses político-ideológicos. Na prática, foi porta para a propagação de diversas fake news.

[11] R7. Disponível em: https://noticias.r7.com/internacional/fake-news-e-eleita-palavra-do-ano-e-vai-ganhar-mencao-em-dicionario-britanico-02112017. Acesso em: 01 dez. 2020

[12] R7. Disponível em: https://noticias.r7.com/politica/whatsapp-baniu-mais-de-400-mil-contas-nas-eleicoes-de-2018-18112019. Acesso em: 01 dez. 2020

[13] Como ressaltou o representante brasileiro do WhatsApp, numa audiência pública em 27 de novembro de 2019, “É preciso fazer distinção entre impulsionamento e disparo. Impulsionamento é definido em legislação eleitoral como atividade contratada mediante pagamento. Whatsapp não faz impulsionamento, e os termos de uso vedam expressamente os disparos em massa”.

[14] ÚLTIMO SEGUNDO. Disponível em: https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2020-05-05/fake-news-e-ferramenta-politica-de-bolsonaro-diz-cientista-politica.html. Acesso em: 01 dez. 2020

[15] G1. Disponível em: https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/07/14/bolsonaro-atacou-a-imprensa-ao-menos-53-vezes-no-primeiro-semestre-diz-ong.ghtml. Acesso em: 26 nov. 2020

[16] TERRA. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/fatos-alternativos-e-a-despalavra-de-2017,fd79fa94e4faa6ed1c2be94d12462dd9mduq8485.html. Acesso em: 26 nov. 2020

[17] UOL. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2020/11/13/mpf-apurar-9-estados-jair-bolsonaro-propaganda-eleitoral-ilegal-live.htm. Acesso em: 02 dez. 2020

[18] FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/as-razoes-da-queda-na-vacinacao/. Acesso em: 07 dez. 2020

[19] SCIENCE. Disponível em: https://science.sciencemag.org/content/359/6380/1146/tab-article-info. Acesso em: 03 dez. 2020

[20] AVAAZ. Disponível em: https://secure.avaaz.org/campaign/po/correct_the_record_study/. Acesso em: 03 dez. 2020

[21] No verbete “linha de frente”, as autoras propõem uma discussão sobre os termos bélicos que circulam sobre e na pandemia da COVID-19. DICIONÁRIO AULETE. Disponível em: https://informasus.ufscar.br/linha-de-frente/. Acesso em: 23 nov. 2020

[22] MINSTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/component/tags/tag/novo-coronavirus-fake-news. Acesso em: 03 dez. 2020

[23] BBC. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52584458. Acesso em: 02 dez. 2020

[24] R7. Disponível em: https://noticias.r7.com/saude/fake-news-relacionadas-a-covid-19-crescem-no-brasil-diz-estudo-21052020. Acesso em: 02 dez. 2020

[25] AVAAZ. Disponível em: https://secure.avaaz.org/campaign/po/brasileiros_nao_vacinar_covid/. Acesso em: 03 dez. 2020

[26] JUSBRASIL. Disponível em: https://espaco-vital.jusbrasil.com.br/noticias/705056449/fake-news-o-mal-do-seculo-21. Acesso em: 11 dez. 2020

[27] SENADO FEDERAL. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/141944. Acesso em: 06 dez. 2020

[28] FOLHA. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/04/numero-de-paises-com-regulacao-contra-fake-news-dispara-durante-a-pandemia.shtml. Acesso em: 09 dez. 2020

[29] O Manifesto aponta para “a criação de um movimento de combate às fake news, aberto à participação de todas as entidades, instituições e organizações sociais comprometidas com a luta em defesa da verdade, contra a desinformação, a favor da liberdade de expressão e do direito à informação e pela democracia”. Assinam o documento o Comitê Gaúcho do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors), Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepe-RS), Conselho Regional de Serviço Social (Cress-RS), Movimento 3D – Democracia, Diálogo e Diversidade, Associação de Juristas pela Democracia (AJURD) e o Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito. CUTRS. Disponível em: http://cutrs.org.br/participantes-do-painel-combate-as-fake-news-aprovam-manifesto-em-defesa-da-verdade-contra-a-desinformacao-e-pela-democracia/. Acesso em: 09 dez. 2020

[30] Com tradução para 36 idiomas, o infográfico “Como detectar notícias falsas” proposto pela Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA) é um exemplo de como as bibliotecas ajudam a combater fatos alternativos e notícias falsas. IFLA. Disponível em: https://www.ifla.org/files/assets/hq/topics/info-society/images/portuguese_-_how_to_spot_fake_news.pdf. Acesso em: 09 dez. 2020

 

Crédito da imagem: Claudio Schwarz em Unsplash

 

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Projeto: Enciclopédia Discursiva

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Autor

  • Fernanda Castelano Rodrigues

    Dados da editora: professora do Departamento de Letras da UFSCar desde 2008. Mãe, feminista, defensora dos Direitos Humanos, tem mestrado (2003) e doutorado (2010) em Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-americana pela Universidade de São Paulo. Tem também especialização em Políticas para a Promoção da Igualdade na América Latina pela FLACSO/CLACSO (2018) e pós-doutorado no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp. Participou da coordenação dos Módulos de Língua Portuguesa do Programa Mais Médicos para o Brasil (2013-2014). Foi diretora do Instituto de Línguas da UFSCar (2016-2017). Pesquisa no campo das Políticas Linguísticas, com especial interesse pelos Direitos Linguísticos de comunidades marginalizadas.

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