Autoria: GMJ

Descrição da obra: Quem sou eu? Há qual parte do mundo pertenço? A sensação de não ser de lugar algum, de grupo algum, de parte alguma. Se reconhecer ao espelho, mas não reconhecer em outrem o que o espelho revela. A angústia da solidão no meio da multidão. Um espírito humano, só, no meio de sete bilhões. Quem, ou, o que são eles?

Expressão: Artes Visuais

Obra 1

Quais afetos o contexto de pandemia desperta?

Medo!

O velho medo da morte, que vem caricaturada em um brasileiro.

 

Obra 2

As telas tem sido a grande fuga da realidade.

Nelas, somos consumidos pelos olhares.

Olhos que dizem como temos que ser, olhos que veem o que queremos mostrar.

Olhos sobre e sob, pela frente e por trás.

Olhos carnívoros que devoram a vida, de segundo a segundo.

 

Obra 3

Em meio as incertezas, tentamos projetar uma possibilidade de futuro.

Reflete dentro, como espelhos, mostrando os caminhos.

Nos reflexos, o medo que deturpa os caminhos.

Os espelhos, os reflexos, contaminados.

 

Obra 4

Nas cenas da vida, o mostrar-se superficial, cercados dos olhos que consomem,

aprisionam e escondem o que há por trás do palco, das cortinas.

É preciso conhecer-se para mostrar-se.

Quem sou eu, o que tenho para mostrar para além

dos sorrisos socialmente falsificados?

 

Obra 5

Com tanto medo e angústia que caracteriza a condição humana,

acentuada com a possibilidade de morte flutuando no ar,

a superação de si mesmo é nossa unica arma,

forjada no sofrimento da vida, puxada pelo carretel da linha do tempo.

A superação de daquilo que se é!

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