Autoria: Adriana Santos (cedrense).

Descrição da obra: A obra retrata o processo histórico, cultural e social de Sergipe, o qual se assemelha com a história do Brasil. É uma parte de um todo.

Expressão: Literatura.

A Gente

A gente não é só Sergipe,
A gente é Nordeste de vários Brasis!

A gente não é só Sergipe,
A gente é História Tupi Guarani!

A gente não é só Sergipe,
A gente é Serigy e Tupinambás!

A gente não é só uma gente,
A gente é uma gente aculturada!

A gente não é só uma gente,
A gente é uma gente de setenta e cinco moradas!

A gente não é só um Estado,
A gente é o menor da Federação!

A gente não é só quilombo dos palmares,
A gente é a resistência de João Mulungu!

A gente não é só uma fruta,
A gente é fruta de vários pomares!

A gente não é só um tempero,
A gente é o tempero da diversidade!

A gente não é só o rio do Velho Chico,
A gente é rios de vários mares!

A gente não é só o peixe,
A gente é a isca e o anzol!

A gente não é só uma cultura,
A gente é a cultura miscigenada!

A gente não é só uma cor,
A gente é aquarela de vários tons!

A gente não é só batuque,
A gente é tambores de vários sons!

A gente não é só um Rosário Santo,
A gente é pentecostais e filhos de santo!

A gente não é só a garapa de açúcar com farinha de mandioca,
A gente é também a garapa de açúcar do caldo de cana!

A gente não é só uma Língua,
A gente é uma língua meio abestada!

A gente não é só Sergipe,
A gente é terra intelectualizada!

A gente não é só Sergipe,
A gente é território da Hospitalidade!

A gente não é só a poesia do Tobias,
A gente é também a prosa do Sílvio Romero!

A gente não é só Forrozão,
A gente é Tabuleiro de tradição!

A gente não é só Caatinga,
A gente é terra de Lampião!

A gente não é só Sergipe Historiografia,
A gente é Sergipe da Cidadania!

A gente não é só Sergipe do Bem me quer,
A gente é também Sergipe dos Almir do Picolé!

A gente não é só Brasão,
A gente é uma História de Revolução!

A gente não é só Pretérito Perfeito do Indicativo,
A gente é Pretérito Perfeito de Ser Povo Escolhido!

A gente é Sergipe de várias moradas,
E a gente é Cedro, da carne do sol e da poesia cantada!

Mas meu fio, cê não tá vendo,
O que a gente nunca deixará de ser, é essa Gente Agigantada!

a gente é GENTE!

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